Confira abaixo:
A Câmara Municipal de Rio Claro aprovou na noite desta quarta-feira (29) a cassação do mandato do vereador Moisés Marques (PL), o mais votado nas eleições de 2024, com 3.508 votos. A decisão foi tomada após uma sessão extraordinária que durou 4 horas e 25 minutos, encerrada com 15 votos favoráveis, três contrários e um impedido, o próprio parlamentar.

O plenário avaliou o relatório final da Comissão Processante 02/2025, instaurada a partir de uma denúncia apresentada por Luisa Ceriani, que acusou o vereador de acessar sem permissão um quarto restrito da UPA do Cervezão, onde sua mãe estava internada, e de ter realizado gravações da paciente.
O relatório, elaborado pelo vereador Adriano La Torre (PP), foi aprovado por unanimidade em audiência pública no dia 23 e concluiu que existem “provas suficientes de quebra de decoro e conduta incompatível com a dignidade do cargo”. O parecer contou com o respaldo do presidente da comissão, Hernani Leonhardt (MDB), e do membro Rafael Andreeta (Republicanos).
Durante o processo, Moisés Marques negou as acusações, afirmando ser alvo de perseguição política em razão de sua atuação fiscalizadora na área da saúde. “Nunca expus pacientes. O vídeo citado foi gravado pela própria denunciante, e não por mim”, declarou o vereador em sua defesa.
Com a decisão, Moisés Marques perde o cargo e será substituído pelo suplente de sua coligação. A sessão, acompanhada por grande público e marcada por momentos de tensão, entrou para a história política recente de Rio Claro.
Esta foi a segunda cassação de mandato em 2025. Em julho, o plenário aprovou o relatório da Comissão Processante 01/2025, que levou à perda de mandato do vereador Dalberto Christofoletti (PSD), acusado de desvio de recursos da Secretaria Municipal da Cultura.
Com duas cassações em pouco mais de três meses, o município vive um momento de instabilidade política e grande repercussão pública.
Redator: Luiz Azal