Confira abaixo:
O furacão Melissa, classificado na categoria 5, tocou o solo na Jamaica na manhã desta terça-feira (28) com ventos que chegam a 295 km/h e pressão atmosférica de 892 milibares, um dos índices mais baixos já registrados em ciclones tropicais. A chegada do fenômeno ao noroeste do país coloca a ilha sob risco elevado de destruição, segundo autoridades meteorológicas internacionais.

Considerado a “tempestade do século” pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), Melissa é o furacão mais forte a atingir o território jamaicano desde o início dos registros, há 174 anos. Antes da chegada, tempestades associadas ao sistema já haviam causado deslizamentos, quedas de árvores e apagões em várias regiões.
O governo jamaicano determinou evacuações obrigatórias em áreas costeiras e disponibilizou cerca de 900 abrigos. Hospitais próximos ao litoral transferiram pacientes para pavimentos superiores em razão da previsão de marés de tempestade de até 4 metros. Autoridades pedem que famílias armazenem água, já que o abastecimento pode ser afetado por dias.

A Cruz Vermelha estima que pelo menos 1,5 milhão de pessoas — metade da população — serão impactadas diretamente pela passagem do furacão. Até o momento, sete mortes relacionadas às chuvas e aos ventos foram confirmadas no Caribe, incluindo ocorrências na Jamaica, Haiti e República Dominicana.
A intensificação do sistema ocorreu rapidamente nas últimas 24 horas, fenômeno associado ao aquecimento oceânico, o que dificulta reações emergenciais. Meteorologistas alertam que inundações repentinas e deslizamentos devem persistir mesmo após a saída do centro do ciclone.

Após cruzar a Jamaica, Melissa deve seguir em direção ao leste de Cuba ainda nesta terça-feira. O país iniciou a evacuação de mais de 600 mil pessoas em províncias costeiras, enquanto Bahamas, Turks e Caicos já emitiram alertas de furacão e tempestade tropical.
A previsão indica mudança de trajetória para o nordeste durante a noite de quarta-feira, levando o fenômeno ao sudeste das Bahamas. Equipes internacionais de socorro humanitário permanecem em prontidão diante da expectativa de severos danos estruturais e recuperação lenta.
Redator: Fabricio Santos